Pálinhe

A minha foto
Portimão / Lisboa, Portugal
Depois de ter descoberto a fotografia em 2004, captando imagens nas provas de BMX, esta tornar-se-ia a minha paixão supra-sumo. Também a escrita, mais tarde, haveria de se tornar parte das minhas formas de expressão. Nutrindo também um gosto especial por escultura, por influência das ocupação profissional e auto-didática do meu pai, fui acompanhando esta arte ao longo da minha juventude e pude experimentar "criar" na madeira.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O Triunfo

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O coração bate
e o sangue corre,
lutando num combate
(da fera escarlate)
onde o fraco morre.

Contra o dono do mundo,
contra a vida madrasta.
Combatendo como vagabundo,
toda a palavra nefasta.

Estremecem os pulmões
e a boca liberta o grito,
dizendo quais são as razões
e qual é, afinal, o veredicto.

Na última sequela,
saímos da prisão,
fugindo da cela,
pra matar o vilão.

Debaixo de aguaceiros,
cansados e consumidos,
somos grandes guerreiros,
verberantes e unidos.

Poderia o mundo ruir,
poderia tudo desmoronar..
Iríamos sempre resistir,
iríamos sempre triunfar.
...
..
.

terça-feira, 17 de março de 2009

Amo-te

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O céu abre-se,
mostra-se o azul.
Sabe-se? Pois, sabe-se!
É o amor que vem do sul.

O homem começa a amar
e o tempo começa a parar.
Com os joelhos a fraquejar,
a alma só quer beijar.

Ás vezes, os olhos brilham.
Ás vezes, o coração geme.
Por ti, o homem sofre.
Por ti, o homem teme.

A lágrima escorre
ao som das guitarras.
E a minha força morre
presa nas tuas amarras.

Já sabendo, muito mal,
onde as vontades moram,
descobri que, afinal,
os homens também choram.

Eu.. Amo-te!

sábado, 24 de janeiro de 2009

Sinto Saudade

.Sinto saudade..

Para a tua beleza
eu sempre olhei.
Minha pequena
de quem eu cuidei.

Eis o teu doce sorriso!
Eis o teu lindo olhar!
É convite ao paraíso,
é convite para te amar!

Vejo teu mar,
vejo teu amor.
Sinto teu fresco,
sinto teu calor.

Pareces sereia,
pareces flôrzinha.
Vejo a Andreia,
vejo uma coelhinha.

Sinto saudade..
.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Gata Maltês

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É uma vez
uma gata maltês.
Conquistou-me a alma
e não soube o que fez.

Lembro-me de ti
nas noites quentes
em que a lua está cheia
e eu sei o que sentes.

O que tenho na mão?
Não sei bem o que sinto.
Mas, com toda a razão,
digo que gosto, não minto.

Numa tarde sombria
perguntei ao meu coração
se, de facto, conhecia
a vítima da minha paixão.

Eu não lhe pedi,
mas ele fez-me sonhar..
com a alma que deu vida
à minha arte de amar.

Também me lembro..
do que me é bem sabido,
do teu cabelo ondulado,
do teu cheiro adocicado,
e do meu fogo amortecido.

Afeiçoei-me a ti..
que raio de amor!
Eu não queria assim,
mas gosto do sabor!

E no fim percebo
que todas as noites são quentes,
todas a luas são cheias
e eu sei sempre o que sentes.

Que me ames a mim
como eu amo os teus mares.
Porque, quando partires,
vou pedir para voltares.
.
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Poema feito, respeitosamente, para Patrícia Gois.
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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A Dádiva

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Ouvir sem escutar
e olhar sem ver
não é a minha forma de estar
nem a minha forma de ser.

Percebo numa planta
e entendo no horizonte
que tudo o que m'encanta
provém da mesma fonte.

Surge a estrela da alva,
vejo o dia clarear.
Bebo da folha da malva
logo após o despertar.

Nos campos agrestes
voam muitas perdizes.
Como amoras silvestres,
caem lágrimas felizes.

Inspiro os montes,
expiro os vales.
Bebo das fontes
e espanto meus males.

Sigo um fio d'água
e descubro a nascente.
Refresco a minha cara
neste vindouro afluente.

Subo a um grande monte.

Por querer contemplar
e por querer ver mais,
vejo, ao longe, o mar
e os campos de cereais.

No Sol poente,
tudo quieto e calmo, no alto.
Salta á vista imensidão.
Contemplo terra, água, céu,
todo o espaço da criação.
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sexta-feira, 9 de maio de 2008

A Menina Encantamento

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Ela contagia com alegria,
esta menina, um meu amor.
Fosse eu quem ela beijaria,
porque sentiria o seu calor.

Cada parte da tua face
transparece o teu ser,
a tua imagem de encanto
que mudou o meu parecer.

Este teu ornato macio
abranda o meu fervor.
E o teu semblante ameno
só alimenta o meu amor.

Lindo, o teu olhar.
Num sonho profundo
me faz mergulhar.
Sim, um sonho profundo
em que nasço no teu mundo
e pareço levitar.

Porque me deste asas,
mas não me deixas voar?

Teu gesto de flôr,
teu sorriso de anjo.
Eu peço-te, por favor,
deixa-me ser o teu arcanjo.

O que sinto no coração?
Meu desesperado querer!
Estou a dar em doido,
estou a agir sem saber.

Pele que me arde
pelo sangue a ferver.
ânsia de te ter
e medo de te perder.

Escrevo mais frases
em forma de poema
e descrevo em verdade
o teu cheiro a alfazema.

Afecto e ternura
e o sentimento submerso,
sensação que me perfura,
o qual te canto em verso.

Estende o teu braço
e abre a tua mão,
onde coloco palavras
em forma de coração.

Tenho dentro de mim
este afecto clandestino.
"O amor faz-se assim",
com estas palavras termino.
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